Moro pode selar paz com Bolsonaro de novo já no 2º turno

Candidato ao Senado pelo União Brasil esteve em Santo Antônio da Platina

 

O ex-juiz, Sérgio Moro, fez recente visita de cortesia ao Npdiario, em Santo Antônio da Platina. Estava acompanhado da Assessora de Imprensa, Karina Trzeciak, e de seguranças.

Foram recebidos pela equipe do jornal, pelo prefeito platinense Professor Zezão, pelo presidente da câmara de vereadores, José Jaime Mineiro, o diretor jurídico da Administração municipal, Mateus Pellizari, ex-conselheiro da OAB estadual, e ex-presidente da subseção platinense, Celso Cardoso, o presidente do Sindicato Rural Patronal, José Afonso Junior, secretário do Gabinete Civil, Benedito Miranda, secretário do Desenvolvimento Econômico, Antônio Marcos Souza, Aílson Levati, atual presidente da subseção da OAB, José Santil Junior, empresário de Wenceslau Braz, Cleide e Verônica Corrêa(Jacarezinho), advogados Américo Ricardo de Godoi Costa e Paulo Francisco Veiga de Freitas, e médico Luciano Dias dos Reis.

Na oportunidade, inquirido sobre a candidatura de Rosângela Moro, sua esposa, à câmara federal por São Paulo, respondeu não haver problema nem conflito de interesses, explicando que o objetivo de ambos é efetivar um trabalho amplo e acima de particularidades.

Também declarou não ser importante sua inexperiência politica.

O União Brasil, seu partido, oficializou a candidatura da senadora Soraya Thronick (Mato Grosso do Sul) à Presidência da República. Ela não tem chances de vitória. Moro, que tem rejeição de lulistas e parte do atual presidente, deixou claro que seu adversário político é apenas o concorrente do PT, abrindo uma janela para um retorno ao berço bolsonarista num eventual segundo turno.

Qual a maior virtude de um político? “Manter a palavra”. Qual o principal defeito? “A mentira”, também foram algumas respostas.

“O senhor é pop estar”, resumiu o chefe do executivo local. O candidato riu, divertido.

Sérgio Fernando Moro nasceu há 50 anos em Maringá, onde se graduou na Universidade Estadual, fez mestrado e doutorado na UFPR, em Curitiba. Deu aulas na mesma instituição.

Tornou-se juiz federal em 1996 e trabalhou em casos como os escândalos do Banestado e do Mensalão.

Ganhou notoriedade nacional e internacional por comandar, entre março de 2014 e novembro de 2018, o julgamento em primeira instância dos crimes identificados na Operação Lava Jato, envolvendo grande número de políticos, empreiteiros e empresas.

Em 2017, no âmbito dessa operação, condenou o ex-presidente Lula, decisão que foi posteriormente anulada pelo colegiado do STF em 2021, ratificando a Segunda Turma do tribunal que julgou Moro ter agido com parcialidade em relação ao petista e declarando, definitivamente, a suspeição do ex-magistrado no caso. Também o Comitê dos Direitos Humanos da |ONU(Organização das Nações Unidades reconheceu a “parcialidade” de Moro, em abril de 2022.

Em novembro de 2018, pediu exoneração da magistratura, após aceitar o convite do então presidente eleito para ser titular do Ministério da Justiça e Segurança.

Empossado em 1° de janeiro de 2019 e em 24 de abril de 2020, pediu demissão em entrevista coletiva, após exoneração do diretor-geral da Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro. Passou a atuar na iniciativa privada como advogado e consultor.

Moro entregou provas do que havia dito em suas declarações para o Jornal Nacional da Rede Globo que consistiam de imagens de conversas que ele trocou com Bolsonaro no WhatsApp.

As decisões de Moro sobre prisões preventivas e provisórias suscitaram polêmicas, porém elas têm sido quase totalmente confirmadas por todas as instâncias superiores do judiciário, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) ao STF. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, desde o começo da operação em 2014 até outubro de 2016, dos 453 recursos das defesas em instâncias superiores, apenas 22 deles tiveram decisões favoráveis às defesas, isto é, 95,2% das decisões de Sergio Moro foram mantidas.

Em 31 de março de 2022, Sergio Moro filiou-se ao União Brasil  desistiu de sua candidatura presidencial e anunciou sua pré-candidatura ao cargo de deputado federal ou senador pelo estado de São Paulo. No entanto, a transferência do seu domicílio eleitoral para a capital paulista foi recusada pela Justiça Eleitoral.

No Paraná, Moro estava indeciso sobre a qual cargo iria concorrer, mas em julho, optou pelo senad0.

Moro é casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro, advogada e agora em campanha a deputada federal em São Paulo. Os dois têm um casal de filhos.

Fotos: Paulo Ribeiro/Especial para o Npdiario

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